Em um mundo onde as transformações se tornaram exponenciais, as organizações que prosperam não são apenas aquelas que sabem gerir mudanças, mas principalmente as que sabem liderá-las.
Apesar da Gestão de Mudanças Organizacionais (GMO) ser reconhecida como uma disciplina essencial para o sucesso nos projetos e transformações, ainda existe uma lacuna significativa: a compreensão do papel da liderança nesses processos.
Gestores de Mudanças x Líderes de Mudanças
Gestores de mudanças se concentram em seguir boas práticas, metodologias e ferramentas para apoiar a transição humana de um estado atual para um estado futuro. Já os Líderes de Mudanças têm outro papel: inspirar, motivar e engajar as pessoas, despertando nelas o sentido e o propósito da transformação.
- Gestores de mudanças planejam, comunicam e monitoram.
- Líderes de mudanças mobilizam, entusiasmam e conectam.
Gestores de Mudanças podem dedicar de 70% a 90% de seu tempo apenas focando suas atividades em questões táticas e operacionais, mas certamente também têm um papel importante na liderança.
Enquanto isso, Líderes de Mudanças devem dedicar cerca de 90% de seu tempo aos projetos inspirando as pessoas. Entretanto, certamente precisarão focar pelo menos 10% a 20% para as atividades de gestão.
Ambos são indispensáveis, mas cumprem papéis distintos e complementares. O sucesso das transformações organizacionais depende justamente dessa sinergia e equilíbrio entre gestão e liderança.
O Desafio Atual: Baixa Consciência de Papel dos Líderes de Mudanças
Poucos líderes compreendem plenamente seu papel como agentes de transformação organizacional. Muitos ainda veem as mudanças como iniciativas restritas aos times de projeto ou de RH, e não como uma responsabilidade estratégica de liderança.
O resultado é previsível: esforços dispersos, resistências não tratadas e transformações que, embora bem planejadas, fracassam na execução humana, justamente onde a liderança deveria atuar com mais intensidade.
Um Novo Passo: Inserir a Liderança de Mudanças na Cultura Organizacional
Não basta adotar metodologias, boas práticas e inovadoras ferramentas de gestão de mudanças. As organizações precisam dar um passo além: formar líderes de mudanças em todos os níveis, desenvolvendo competências comportamentais e emocionais que permitam engajar equipes em meio à incerteza.
Incorporar a Liderança de Mudanças à cultura organizacional significa reconhecer que cada gestor, supervisor ou executivo é, antes de tudo, um líder de pessoas em transformação.
Significa também criar ambientes onde o diálogo, a empatia e o propósito coletivo substituam o controle, a imposição e a comunicação unidirecional.
Gerir é Planejar e Executar. Liderar é inspirar.
- Gerir mudanças é essencial.
- Liderá-las é transformador.
Organizações verdadeiramente adaptativas são aquelas que compreendem essa diferença e que cultivam líderes capazes de humanizar a mudança, transformando a incerteza em oportunidade e o medo em motivação. Só assim as organizações que convivem com um mundo cada vez mais imprevisível e volátil são capazes de prosperar. Transformam-se em ícones da agilidade e adaptabilidade, cuja cultura organizacional está preparada para fazer frente às pressões internas e externas, que se apresentam cada vez com mais força e frequência.
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